António Valadas é um freguês da nossa Estrela que viveu o mundo. Durante toda a sua vida viveu e sentiu diversas experiências, que o moldou para a pessoa que hoje é: único e com uma perspetiva diferente.
Fique a conhecer o Sr. António Valadas, que aos 80 anos decidiu escrever um livro de memórias, e que continua a desenvolver novos projetos sem que a tecnologia o assuste.
Freguesia de Estrela (JFE): António, a idade conta-se por anos ou está só na nossa cabeça?
António Valadas (AV): Eu acho que está na cabeça, absolutamente. Pelo menos, no que a mim diz respeito. Quando fiz 80 anos, deu-me imensa vontade de rir, porque disse para mim “Eu sou octogenário!”. E ri-me. Porque eu sei que, quando era miúdo, um homem de 50 anos já era um velho. Eu olhava para aquela gente e dizia “Como será quando eu chegar àquela idade?” E quando cheguei aos 50 anos, não me sentia nada velho e senti-me perfeitamente bem. E fui continuando. Sinto-me tão bem, em termos mentais. Fisicamente, se não estou nos 80, ando lá perto; e tento disfarçar o melhor possível, mas sei perfeitamente como estou. Tive a sorte de, em grande parte da minha vida, lidar com gente muito nova. E tenho maior facilidade em lidar com gente jovem do que com gente da minha idade.
JFE: Porquê?
AV: Porque, muitas vezes, já vivem obcecados com a saúde, com problemas de doenças, com preocupações, que eu tenho também e por isso tenho certos cuidados comigo próprio, mas não são boas conversas. E quando me perguntam, como quem quer puxar o assunto, “Como é que tens passado?”, eu respondo “Ótimo!”. Corto logo a conversa por aí.
JFE: Tem receio que, de alguma forma, essas pessoas que estão mais alinhadas com a idade que têm, que contaminem o seu espírito jovem?
AV: Tenho. Há teorias que dizem que nós somos o somatório das 5 pessoas com quem estamos mais vezes. E eu procuro pessoas negativas. Eu pertenço ao clube do copo meio-cheio. E, além disso, considero que tenho uma característica essencial: sentido de humor. Portanto, ser capaz de pegar numa situação, dar-lhe a volta e tirar dela qualquer coisa que faça rir as pessoas. E, às vezes, pode ser um episódio dramático, que estou a relatar, mas não vou contá-lo duma forma que leve os outros a olharem para mim como coitadinho. Agora, se eu contar a história duma forma como algo que até foi divertido, pode ser encarada como uma coisa diferente, mesmo que na altura possa não ter sido nada divertida para mim. E nós aprendemos com tudo.
JFE: Acha que os jovens de hoje estão mais aborrecidos do que o António, quando tinha a idade deles?
AV: Não. Acho que são muito mais conhecedores de circunstâncias da vida, que nos eram ocultadas quando éramos mais jovens. Mas, por outro lado, em certas situações são talvez um pouco mais irresponsáveis. Dou-lhe um exemplo: eu andei no Pedro Nunes [Escola], que fica aqui perto; e lembro-me perfeitamente que eu vim para cá, e quando o meu pai me levou ao Liceu, tinha eu 10 anos, levou-me os 2 primeiros dias no transporte público, embora ele tivesse carro; explicou-me tudo e disse-me: “Agora já és um homem e a partir de hoje já vens sozinho”. Hoje em dia, para ‘matulões’ com 16 e 17 anos, os pais fazem fila à porta do liceu e outras escolas para os ir levar e buscar; e eu tinha que apanhar 2 autocarros e vinha pelo meu pé e depois ia para casa. E houve muitas outras coisas em que os meus pais me responsabilizaram, porque não se vivia tão bem, porque as coisas não estavam tão facilitadas.
RPS: O fim da idade da inocência chega mais cedo hoje do que antigamente?
AV: Muito mais cedo. Para mim, o primeiro fim da inocência surgiu quando os meus pais fizeram uma coisa pela qual foram bastante censurados por todos os amigos: eu, quando tinha 15 anos, cheguei a casa um dia e disse “Para o ano gostava de ir para a América”. E os meus pais olharam para mim e disseram “Pois…”, porque o meu pai sabia que todos os dias eu inventava uma coisa nova. Só que eu estava a falar a sério, porque um colega meu, do liceu, disse-me que havia um programa de intercâmbio para estudantes, que tinha chegado a Portugal e que, através do qual, podíamos ir viver um ano para a América, viver com uma família americana e estudar numa escola local, e eu fiquei louco com a ideia! Inscrevi-me, fiz as provas de entrevistas e tudo. Isto passou-se entre 1955 e 56 e aquilo era tudo tratado pela Mocidade Portuguesa e pela Embaixada Americana, no Palácio da Independência, e com grande formalidade. Depois, nunca mais me disseram mais nada e, passados meses, recebi uma carta em minha casa a dizer que tinha sido selecionado. E aí, já tinham que entrar os meus pais em campo, porque havia uma verba que era preciso pagar, além da devida autorização. Fiquei louco quando recebi a carta. Estávamos a almoçar e a minha mãe levantou-se da mesa e foi chorar para o quarto. E o meu pai disse logo “Bom, isto é para termos uma conversa em família. Calma, que eu ainda não vou tomar uma decisão”. E ao fim de 3 dias, ele chamou-me e disse-me: “Falei com a tua mãe e nós acreditamos em ti. Mas é uma responsabilidade enorme que vamos ter e vamos deixar-te ir. Agora, vamos ver como tu te vais portar”. Eu fiz uma viagem complicadíssima, até chegar à minha família americana, porque andei pela Europa. Fui até à Bélgica, onde apanhei um barco que era fretado por uma organização internacional, que levava estudantes e todo o mundo para a América. Fui num barco com jovens de todo o mundo até Nova Iorque. Depois, em Nova Iorque apanhei um avião até à Califórnia e, finalmente, cheguei ao destino, 15 dias depois duma viagem em que estava sozinho, no qual tinha uma família à minha espera, com um cartaz que dizia Tony. Quando cheguei ao pé da minha família, tive logo o primeiro choque cultural: eu cheguei, dei um grande beijo e um abraço à mãe e quando ia para dar um beijo ao pai, porque eu beijava o meu pai, o homem olhou para mim com um ar espavorido, porque isso, na América, nem pensar! E eu, a partir dali, percebi que mesmo os filhos não beijavam os pais na América. E depois, tive sequência de outros choques culturais, que me fizeram crescer imenso. Por exemplo, durante um ano inteiro, os meus pais falaram comigo ao telefone uma única vez! Hoje em dia, os chamados pais-helicóptero, quando estão mais de 15 minutos sem falar com os filhos, ficam logo aflitos. Os meu pais recebiam cartas, que demoravam uma semana a chegar e mais uma na volta, portanto, eram 15 dias sem notícias. Às vezes eu punha problemas à minha mãe e quando ela respondia, já o problema estava resolvido: o tempo tinha resolvido tudo. Talvez por isso, é que eu, mais tarde, tenha vindo a ser diretor-geral da organização, através da qual tinha ido para a América. E quando os pais ficavam aflitos e diziam que a filha tinha ligado no dia anterior e estava muito preocupada, e eles já estavam quase prontos a meterem-se num avião para ir ter com ela… Eu dizia: “Tenham calma, vamos deixar passar um ou dois dias e vamos se isso é, realmente, um problema de monta ou se é qualquer coisa que ela quer só desabafar”. Além disso, os pais falavam com os filhos e começavam a chorar; e levavam os filhos a chorar também. Houve um pai que me disse algo que nunca mais esqueci: “António, eu entreguei-lhe um menino e você devolveu-me um homem”.
JFE: A Estrela é uma freguesia ou é um estado de espírito?
AV: Há um certo estado de espírito nas pessoas que vivem no chamado ‘antigo bairro da Lapa’. Agora, acho que isso já se diluiu um pouco. Eu passo muito tempo no Jardim da Estrela, que é o meu favorito.
JFE: Porque é o seu favorito, este jardim? O que mais gosta nele?
AV: Há pequenos recantos onde eu posso estar, onde eu levo qualquer coisa para ler, porque eu gosto muito de ler. Há um banquinho que fica ao sol, e eu gosto muito de sol. Eu escolho um banco onde não há muita gente, perto dos laguinhos. Às vezes dou uma volta e vou tirando umas fotografias.
JFE: É ligado às tecnologias?
AV: Nada! Quero dizer, tenho página no Facebook e agora também no Instagram, mas só isso. Repare, a evolução tecnológica, deu-se já muito tarde na minha vida. Eu tinha a sorte de ter gente, muito mais jovem do que eu, a trabalhar na minha empresa, em quem eu delegava tudo; e quando surgia algo que até poderia ser capaz de fazer, mas que me ia consumir imenso tempo a perceber como funcionavam, eu entregava. Quando fiquei sozinho, o que aconteceu nos últimos 2 anos, não tive outro remédio. E estou agora a aprender e a pôr-me mais à vontade, porque já percebi que tenho mesmo que saber.
JFE: O que o motiva a ter página no Facebook e no Instagram?
AV: Comecei por ter apenas uma página no Facebook para contactar com pessoas amigas que já não via há muito tempo, tal como antigos alunos do Pedro Nunes. E depois, porque como continuo ativo - porque apesar de ter vendido a minha empresa, disse sempre a toda a gente que nunca ia ser reformado, mas abrandado - e tenho ainda uma atividade que me ocupa algum tempo, que é a representação de escolas superiores de hotelaria, na Suíça, para isso eu necessitava de recorrer a outros meios. E foi aí que passei a usar o Instagram e depois o LinkedIn. E ando agora a tentar aprender a fazer entrevistas, para fazer a antigos alunos meus que singraram na vida e saber o que estão a fazer. É o meu próximo projeto.
JFE: Será que as pessoas já percebem que, ao usarem páginas, como o Instagram, como um repositório das memórias que vão tendo, especialmente as fotográficas; que um dia não vão deixar qualquer legado impresso e palpável, para as gerações futuras, sobre a forma como elas viram e viveram o mundo… Em muitos casos, as nossas memórias ficarão inacessíveis por uma password, se eu não a der a ninguém em vida. É por causa disso que o António escreveu um livro de memórias?
AV: É exatamente por causa disso. Eu, ao longo da minha vida, tive muitas atividades até estabilizar. Trabalhei em várias áreas e fui experimentando fazer coisas. E fiz muitas e aprendi em todas. Até que, de repente e por um conjunto de circunstâncias, a seguir ao 25 de Abril, descobri que a organização através da qual eu tinha feito o meu intercâmbio com os Estados Unidos, ia fechar em Portugal. E pediram-me para ir à Suíça, a uma reunião internacional, tentar defender a permanência da organização em Portugal. E eu julgando que essa era a minha missão. E foi aí que comecei a descobrir o valor desta atividade e como é importante pegar em jovens e expô-los a outras culturas, porque isso desenvolve os jovens em 2 linhas: o crescimento pessoal, ao sair da sua zona de conforto e a enfrentar novas situações e descobrir do que são capazes e que nunca foi posto à prova porque eles não necessitavam de o pôr; e por outro lado, o conhecimento e a compreensão de outras culturas, porque é através dessa compreensão que se pode evitar todo este clima de guerras que existem. Se eu arranjar um programa de intercâmbio entre israelitas e palestinianos em que os ponho a viver com uma família do outro lado, eles não vão querer pegar em armas contra eles mais tarde. E por tudo isto, fiquei com imensas histórias para contar. Porque, tendo sempre este lado intercultural em mim, eu para além das reuniões, ficava sempre mais uns dias para conhecer melhor, especialmente quando era um país suficientemente diferente do meu. E realizei que, na verdade, não tinha outro legado que não fossem as minhas histórias. O livro tem um nome em inglês, Facing Challenges, porque a minha atividade era quase toda em inglês e não é por “snobeira”, mas às vezes sai-me mais facilmente uma expressão em inglês do que em português. E o livro não fala só sobre histórias no estrangeiro; um dos episódios mais inesperados que conto no livro, passou-se em plena Alameda D. Afonso Henriques: eu fui feito refém num assalto a um banco!
JFE: Há algum recanto na Estrela que ache que as pessoas deviam dar mais atenção?
AV: Não sei até que ponto as pessoas que vêm ao Jardim da Estrela já se preocuparam com o significado das estátuas todas que aqui estão… Nem se sabem o verdadeiro nome do Jardim da Estrela e quem foi o responsável pela criação do mesmo? Foi o Marquês de Tomar. Na altura em que eu conseguia andar melhor a pé, gostava de andar a pé e de fazer a Calçada da Estrela, por exemplo.
JFE: Eventualmente, as pessoas até conhecem estátuas em lugares mais longínquos…
AV: Pois conhecem, mas aqui não têm essa curiosidade. Mesmo que algumas estejam um pouco mais escondidas. Mas elas existem e vale a pena conhecê-las.
JFE: É um dos factos que pode estar na base dos problemas de tantos relacionamentos humanos, o estarmos mais abertos a conhecer superficialmente o que está fora, do que em profundidade quem nos é próximo?
AV: Isso pode ser, por um lado. Se bem que as pessoas que moram aqui na Estrela, sei que vêm muito ao Jardim da Estrela. Até porque é um jardim extremamente seguro, mesmo nas noites de verão, em que é normal ver 2 tipos de grupos: os pais que vêm com crianças até a uma certa hora; e o grupo dos donos dos cães, em que confraternizam os donos e os cães. Aqui há essa sensação de bairro, especialmente a essa hora.
JFE: E a ‘vida de jardim’ é algo muito lisboeta; duma Lisboa antiga e queirosiana...
AV: Sem dúvida. Mas depois fico triste porque há outro jardim, que é a Tapada das Necessidades, para onde ninguém vai e é uma tapada lindíssima! Houve uma altura que eu parecia o dono do jardim. Infelizmente, os portugueses passam tardes nos centros comerciais a ver montras com coisas, que muitas vezes nem têm dinheiro para comprar; e muito pouco para os jardins. E passam pelas livrarias assim muito de fugida.
JFE: Há algum recanto no mundo que acha que as pessoas deviam conhecer mais em profundidade?
AV: Claro. Começo logo por Portugal… Eu, quando comecei a viajar muito pelo mundo, a certa altura dei-me conta do seguinte: Será que conheço assim tão bem o meu próprio pais? E fiz questão de conhecer. Só muito tarde fui conhecer Trás-os-Montes, que é maravilhoso. E sou fã dos Açores, onde fui pela primeira vez em 1978 e já lá voltei mais de 20 vezes. E vou lá carregar as baterias, descansar e gozar aquela paz. Depois, de outros países, Espanha fica aqui mesmo ao lado e tem imensos interesses. Há pequenas zonas, pueblos na Andaluzia que são maravilhosos, como Ronda. Adoro Itália, também. A minha língua favorita é o italiano e a comida é maravilhosa. Em Itália, qualquer terriola é um museu. San Gimignano, com aquelas torres, é deslumbrante! Um passeio na Toscana, com aquela paisagem e as cidades nos montes - que tem um pouco de contacto com o nosso Alentejo, que eu também adoro - é imperdível. E depois, gosto muito de toda a zona mediterrânea. Também adorei Marrocos e os marroquinos. Trabalhei lá e demo-nos muito bem. Depois, a Turquia: é dos países mais interessantes do mundo, porque é um país charneira entre a Europa e a Ásia. Todas as culturas vindas da Ásia, passaram por ali para entrar na Europa. Na Turquia há tantos ou mais vestígios da civilização grega, como na própria Grécia. Fiz uma viagem na Turquia, em que eu só usei transportes públicos e eu tinha que falar com pessoas que só falavam turco e, quando muito, alemão, porque havia muitos turcos emigrados na Alemanha. E depois, há o Sudeste Asiático, que também conheço bem. Falta-me ainda o Laos e Myanmar, onde ainda quero ir. É uma gente espantosa e muito acolhedores. Quando era miúdo, já viajava nos mapas e nas fotografias. Vi uma fotografia, um dia, de 2 monges budistas à porta dum templo, que estava no meio duma floresta, e as raízes das árvores escorriam ao longo da fachada do templo. Foi numa das revistas da National Geographic, do meu pai. E eu, logo aí, comecei a ter o fascínio pelas viagens e disse para mim mesmo “Eu não morro sem lá ir”. E tenho uma fotografia nesse sítio.
JFE: O que é, para si, a expressão ‘Ter mundo’?
AV: Ter mundo, é exatamente ter a capacidade de analisar as situações sob vários ângulos. E, sobretudo, tentar entender porque é que as pessoas vêm as coisas de outra maneira. É um processo de progresso até perceber o porquê. O ponto de chegada desse processo é quando entendemos o humor de outra cultura, porque o humor varia imenso de um país para outro. Um alemão pode não achar piada nenhuma ao humor português e vice-versa. Sabe? Quando estive na América, escrevi um diário. E eu já falava bem inglês, porque tinha andado no Colégio Inglês. E quando ia escrever o meu livro, andei a remexer as gavetas à procura desse diário. Descobri o diário e uma coisa espantosa: o diário está escrito em português até ao dia 31 de dezembro de 1956 e a partir de 1 de janeiro está escrito em inglês.
JFE: Lembra-se porquê?
AV: Lembro: porque eu quis dizer, para mim próprio: “Já estás à vontade noutra cultura”.
JFE: Costuma-se dizer “Há demasiadas pessoas cujo corpo já deu a volta ao mundo, mas a cabeça nunca foi a lado nenhum…”
AV: Concordo. Tantas, tantas pessoas. As pessoas viajam para fazer compras ou só para ver os monumentos. Na minha primeira viagem a Itália, sabia que tinha um mês para estar em Roma. E por isso, ia passear; e se, ao ir por uma rua, ouvisse um barulho interessante, seguia esse barulho a ver onde me levava. E um deles levou-me à Fontana di Trevi. E assim fui descobrindo Roma. Nas minhas viagens, vou sempre a alguns monumentos emblemáticos, mas faço questão de falar com as pessoas, de ir aos mercados e ver o que as pessoas comprar e como agem, sentar-me num café e ver a interação entre as pessoas… Tudo isso, para mim, é fascinante. E procuro meter conversa com as pessoas, que gostam de me mostrar coisas locais e que acabam por me dar a conhecer coisas que não vêm nos guias e nos livros. Só para entendê-los melhor.
JFE: O que diria a uma pessoa que, embora mais nova, não tenha grande encanto pela vida?
AV: É muito triste encontrar essas pessoas. E sabe, às vezes, é difícil o diálogo com essas pessoas, porque são pessoas que já nasceram a encarar as situações pelo lado negativo. Mas por muitas coisas negativas que o mundo tenha, devemos sempre tentar encontrar o lado bom. E através das histórias, é sempre possível salvar uma pessoa desencantada. Eu já consegui isso pelo menos com uma pessoa…
JFE: E como dizia o Oscar Schindler, “Quem salva uma vida, salva o Mundo inteiro”. E o que mais o encanta na vida, António?
AV: As pessoas, as surpresas, o haver sempre coisas novas para saber e para aprender. A diversidade, sobretudo.
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