No primeiro dia de março estiveram presentes cerca de 42 seniores no primeiro capítulo da iniciativa À Descoberta de Lisboa.
Para estrear mais um conjunto de viagens pela capital, marcámos encontro no Palácio Foz, em plena Praça dos Restauradores.
O nosso animado grupo esteve sempre muito atento e a tirar fotografias, deslumbrado com a beleza interior que o Palácio esconde e muito felizes com a informação disponibilizada pelo guia que, detalhadamente, revelou os pormenores e simbologias do Palácio.
O Palácio Foz ou, como alguns defendem, Palácio Castelo Melhor foi mandado construir no séc. XVIII pelo 4º Conde de Castelo Melhor.
Os terrenos em torno do Palácio, onde hoje se encontra a Praça dos Restauradores e do Rossio, eram terrenos cultivados, grandes espaços ajardinados que se estendiam até à Praça da Alegria.
Passado mais de um século, a 6ª Marquesa do Castelo Melhor vendeu o Palácio a Tristão Guedes de Queirós Correia Castelo Branco, 2.º Conde e 1.º Marquês da Foz, que alterou drasticamente a decoração típica da época para uma decoração mais rica e exuberante ao estilo de Versailles.
Este recheou o interior de madeiras exóticas do Brasil, com riquíssimos trabalhos em ferro forjado, onde se podem observar vários símbolos associados ao Rei Sol, Pinturas de José Malhoa e Columbano Bordalo Pinheiro, trabalhos de entalhe em madeira e esculturas de enorme qualidade executadas pelos melhores artistas da Flandres.
Todo o palácio emana misticismo onde, como disse o guia: Nem tudo o que parece é.
Desde portas que parecem abrir de uma forma e abrem de outra, até aos inúmeros trompe l’oeil (ilusões de ótica) espalhados por toda a edificação outrabalhos em estuque que se assemelham a parras mas que na realidade são glicínias.
Tudo parece colocado para que haja equilíbrio, harmonia, com o contraste entre a luz a sombra, o céu e a terra, o ar e a água, o terreno e o divino.
Ao entrarmos na misteriosa Abadia, em tempos o local onde aconteciam as refeições do Palácio, soubemos que foi onde, durante muito tempo, se reuniu a sociedade secreta dos “Makavenkos”, em grandes noitadas de farra. Alguns consideram que estes membros estavam relacionados com a maçonaria. Ainda hoje, esta misteriosa Abadia é utilizada para reuniões do género.
Próximas visitas:
Dia 8 – Palácio O’Neill, Casa de Santa Maria;
Dia 15 – Palácio Nacional de Mafra;
Dia 22 – Palácio Conde de Castro Guimarães;