A iniciativa À Descoberta de Lisboa leva os nossos fregueses com idade superior a 55 anos a passear por vários monumentos da capital.
Nesta edição decidimos que era altura de fazer uma viagem pelos Palácios de Lisboa, que são muitos e bem bonitos.
Fomos então visitar o Palácio Nacional de Mafra.

O notável Palácio é de brilhante e complexa arquitectura, seja pela qualidade e natureza dos materiais, pelas encomendas, requinte ou primor de execução dos seus mármores.
Foi uma das primeiras expressões da globalização devido ao ouro e diamantes vindos do Brasil, sendo um dos mais importantes monumentos Barrocos com a sua Biblioteca, seis Órgãos e dois imponentes Carrilhões.
Foi mandado construir por D. João V na primeira metade do século XVIII em cumprimento de um voto para obter sucessão do seu casamento com D. Maria Ana de Áustria, ou para obter a cura de uma grave doença que sofria.
Neste edifício integra-se um Paço Real, uma Basílica, um Convento e a Tapada.
Este Conjunto desenvolve-se simetricamente a partir da Basílica, como eixo central, ladeada por dois Torreões.
A primeira pedra foi lançada em 1717 e em 1730, no aniversário do Rei, procedeu-se à sagração da Basílica. Vieram de Itália esculturas e pinturas, e da Flandres os notáveis carrilhões com 102 sinos.
A Biblioteca do Palácio, uma das mais importantes a nível Europeu, contém um acervo de 36 000 volumes, bem como um “ex libris” da ilustração do século XVIII.
O Paço Real foi sempre frequentemente visitado pela Família Real que aqui vinha celebrar algumas festas religiosas ou caçar na Tapada.
Este está também associado ao fim da Monarquia em Portugal pois acolheu o rei D. Manuel II, último rei de Portugal, na derradeira noite em que passou no reino antes da sua partida para o exílio a 5 de Outubro de 1910.

Entre estas e tantas outras histórias sobre este imponente monumento, o nosso curioso grupo foi passeando de corredor em corredor, ouvindo atentamente os detalhes do Palácio, com a completa Biblioteca, as enormes salas cheias de móveis e elementos decorativos de várias origens…
Combatemos o ócio, a rotina, e levamos a nossa Comunidade a conhecer outros ares. A satisfação que é visível no fim de cada passeio…é impagável.
Até o próximo encontro!