A propósito do À Descoberta de Lisboa – Teatros fomos conhecer melhor o Teatro Nacional São Carlos.
A nossa visita guiada ensinou-nos muitos pormenores sobre este magnífico edifício, e, de forma muito completa, fomos passeando por este espaço belo e majestoso.
As salas, imponentes, cheias de riqueza e com vários elementos monárquicos, sofreram poucas alterações desde o momento da sua construção.
Na verdade, e por mais que pareça impossível, este teatro nunca ardeu, pelo que é possível detectar vários símbolos e detalhes.
O grupo pôde sentar-se em cadeiras onde outras pessoas estiveram já há 226 anos, assistiu ao ensaio de uma ópera que vai estrear em breve, vivendo uma experiência única e especial (agradecemos à autorização do maestro).
Encantados com a visita e com as belas vozes dos intérpretes, o nosso grupo tão cedo não esquecerá este dia, isso é garantido.
Lá fora, no largo, lembrámos que foi ali, exactamente, o prédio onde Fernando Pessoa nasceu…Que lugar!
Teatro Nacional São Carlos:
O Teatro Nacional de São Carlos é a principal casa de ópera em Lisboa.
Situa-se na zona do Chiado onde, em frente, no mesmo largo, nasceu o poeta Fernando Pessoa.
Inicialmente, em 1755, a coroa portuguesa inaugurou o Teatro Ópera do Tejo – um teatro de corte, na zona do Terreiro do Paço, onde só se era admitido por convite do Rei.
No entanto, este foi destruído no mesmo ano, no terramoto de 1 de novembro de 1755.
Assim, para o substituir, o Príncipe Regente D. João VI inaugura, a 30 de junho de 1793, o Real Teatro de São Carlos.
A sua construção só foi possível devido a Pina Manique que, sob o pretexto oficial de homenagear a princesa Carlota Joaquina, esposa do futuro D. João VI, que esperava um filho, persuade o príncipe regente a autorizar as obras, justificando-a como fonte de receita para uma obra de caridade – a Casa Pia, fundada em 1780 pelo primeiro. Aqui estaria a vontade de modernizar a sociedade portuguesa.
Ao longo da sua vivência, têm abundado os factos históricos, episódios sociais e eventos culturais que enriquecem o património deste teatro, classificado como imóvel de interesse público em 1928 e Monumento Nacional em 1996.
Atualmente, os agrupamentos artísticos residentes são o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, criado em 1943, e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, cuja origem remonta a 1993.
No final de cada temporada, o Teatro organiza o Festival ao Largo, precisamente no Largo de São Carlos.
Com quase 226 anos, o Teatro Nacional de São Carlos mantém-se, atualmente, como o único teatro nacional vocacionado para a produção e apresentação de ópera e música coral e sinfónica, conferindo-lhe assim uma importância de valor histórico-cultural inestimável!