Inaugurámos, na Academia Estrela, a exposição “Planalto da Estrela – Propostas para uma nova centralidade”, que estará patente ao público até 18 de maio.
Com a presença dos arquitectos Paulo Tormenta Pinto, João Maria Trindade, Teresa Madeira, Belém Lima e Mafalda Sampayo,bem como alunos do 4º ano do Mestrado Integrado em Arquitectura (MIA) do ISCTE-IUL, que desenvolveram os projetos expostos, fomos compreender melhor o propósito de cada proposta e a pertinência deste pensamento sobre as particularidades deste território.

O trabalho exibido surge de uma experiência académica realizada durante o ano lectivo 2016-2017 nas unidades curriculares de Projecto de Arquitectura I e II e ainda na disciplina de Sociedade e Arquitectura e esta experiência foca-se no desenho urbano e, em particular, no espaço público, promovendo perspectivas complementares relativas ao plano de pormenor da Praça da Estrela (Basílica e Convento do Santíssimo Coração de Jesus) e fomentando, da parte dos alunos, uma grande sensibilidade sobre os espaços públicos e uma forte preocupação cívica.

A cidade quer-se actualizada e transformada, mas sem que para isso se tenham de tomar decisões inteiramente nocivas, capazes de destruir todos os sinais da História e da Identidade da Freguesia.
O principal objectivo deste exercício procurava, assim, reconciliar a cidade com ela própria e repensar os desígnios do futuro, embora, em simultâneo, se promovesse e promova o respeito pela sociedade civil.

Então, como furar o tecido e estabelecer conexões que permitam fluidez na cidade? Como conseguir mais zonas de circulação? Como pensar o espaço e o lugar? Como pensar o espaço público fazedor de cidade? Repensar a Estrela, com todas as suas particularidades, é uma procura incessante e estes trabalhos apresentam propostas de extremo interesse, cuidado e atenção para com a nossa Freguesia, tanto para os moradores, como para quem cruze as nossas ruas com frequência, seja para estudar ou trabalhar, por exemplo.

A articulação urbana entre o Jardim Guerra Junqueiro, o Hospital Militar Principal (Igreja e Antigo Convento de Nossa Senhora da Estrela) e a Basílica da Estrela; a regeneração e reabilitação do quarteirão do cinema Paris; a articulação urbana entre a Lapa, Campo de Ourique e Necessidades (estruturação da Avenida Infante Santo); o desenvolvimento de conectividades entre a zona da Basílica e o Rio Tejo; a valorização do património existente no local, em harmonia com a envolvente predominantemente habitacional e de pequeno comércio; a definição de propostas para a articulação com a extensão do metropolitano de Lisboa (linha amarela – na Calçada da Estrela) ou a definição de propostas para resolução da carência de estacionamento que se verifica no local foram os objectivos primordiais desta operação, que prevê a transformação da área da cidade catalisada pela extensão da rede de metro de Lisboa e consequente construção de uma estação no local, com abertura prevista para o ano de 2020, forte motivo para este estudo, que se centrou e identificou três zonas de intervenção: Planalto da Estrela, Encosta Infante Santo e Encosta da Lapa.

Venha conhecer melhor cada proposta e visite-nos!

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