O Programa de Apoio ao Sucesso Escolar (PASE) da JF Estrela tem desenvolvido o Projeto de Orientação Vocacional. Pretendemos possibilitar aos jovens do 9.º ano a consciencialização da necessidade de tomar decisões, entre elas as referentes ao seu futuro escolar e/ou profissional.
Quando fomos abordados pela Inês Menezes compreendemos imediatamente o potencial da ferramenta que tinha desenvolvido e abraçámos uma nova parceria com a Design the Future.
Foi precisamente nesta caminhada de descoberta que a plataforma Design the Future se revelou uma ferramenta fundamental e extremamente positiva na interação com os nossos jovens levando-nos a partilhar e divulgar mais esta plataforma digital ao serviço da comunidade, em particular, dos jovens e respetivas famílias.
1. Como surgiu a ideia para a criação da plataforma “Design the Future”?
A Plataforma Design the Future nasce baseada na crença de que este projeto pode mudar a vida dos jovens que se encontram em fase de decisão das suas vidas profissionais e académicas.
Essa é uma grande responsabilidade, pois consideramos que a escolha da profissão é uma das decisões mais importantes da vida; e que a descoberta da vocação é uma condição de realização profissional e satisfação profissional. Para além disso, sabemos também que pessoas felizes produzem mais e de forma mais eficiente, e que têm uma atitude mais construtiva perante a vida. São potenciais líderes, têm um espirito mais empreendedor e têm mais possibilidades de se tornarem empregadoras. Contribuem para o fortalecimento da economia portuguesa, e são absolutamente necessárias para o desenvolvimento e prosperidade do nosso país.
Através de entrevistas e inquéritos realizados em algumas Escolas e Universidades do país, percebemos que há um grande desconhecimento dos jovens relativamente ao seu futuro profissional; apesar de haver muita informação sobre cursos e sobre universidades.
Concluímos ainda que há um grande desconhecimento das profissões existentes no mercado, relativamente aos seus objetivos, dia a dia, principais funções, responsabilidades, skills, rotina de trabalho, etc.
Daqui resulta uma indefinição total relativamente à questão da vocação, o que acaba por influenciar os jovens na escolha pelos cursos mais tradicionais, por considerarem ser estes os mais promissores em termos de empregabilidade;
Em resumo, os estudantes, tanto do ensino secundário como do ensino superior, sentem falta de informação e contacto com profissionais (e com o mundo real de trabalho); que lhes expliquem em que consiste a sua profissão.
Feita esta análise e partindo desta realidade, a Plataforma Design the Future foi desenvolvida tendo como base o testemunhos de vários profissionais, com o objetivo de demonstrar em que consiste a sua profissão, e quais os percursos académicos para o seu alcance, para que os jovens possam fazer escolhas mais sustentadas e adequadas ao seu perfil, competências e vocação, sempre em linha com as necessidades do mercado de trabalho.
2. Um jovem de 17 anos a frequentar o Ensino Secundário quer escolher o seu curso superior e o seu percurso profissional e não sabe como/por onde começar: de que forma é que poderá utilizar a plataforma e de que forma é que esta o poderá auxiliar?
O nosso principal objetivo é recuperar o foco para a questão “O que quero ser?”, oferecendo hipóteses de resposta que se conjuguem e adequem às skills, vocações e gostos dos jovens. Partindo da profissão, são apresentadas opções formativas, e respetiva informação sobre cursos que poderão servir como percurso para o alcance da profissão.
A pesquisa por profissões pode ser feita através de um motor de pesquisa por:
– Área
– Profissão e especialidade
–Busca livre escrevendo no campo de pesquisa uma profissão ou clicando no botão profissões (http://www.designthefuture.pt/discover.aspx) para visualizar tudo o que está disponível na plataforma. O utilizador pode ainda recorrer aos botões que organizam as profissões por mais vistas ou mais recentes.
Para além disso, a pesquisa pode ser feita através do Botão Cursos ou Instituições.
– Botão Cursos (http://www.designthefuture.pt/cursos.aspx):
Resultados por: Grau de Formação (Licenciatura, pós-graduação, mestrados, livres e profissional); por Área e por Distrito.
Este botão permite consultar quais as instituições às quais os cursos estão afetos e aceder ao curso de determinada Instituição em particular. A página de cursos exibe vídeos de profissões relacionadas.
– Botão Instituições: (http://www.designthefuture.pt/cursos.aspx?fil=2)
Este botão permite consultar quais os cursos existentes nas Instituições de ensino e aceder aos cursos de determinada Instituição em particular.
3. Quais são os principais benefícios de utilização desta plataforma, em prol de outras alternativas?
A Plataforma Design the Future permite incrementar a satisfação e os resultados académicos que derivem de uma escolha consciente e acertada (os jovens tomam por vezes decisões mal informadas e que não correspondem às suas aptidões ou vocações), contribuindo para reduzir as taxas de abandono académico, o que irá traduzir-se numa maior taxa de empregabilidade.
Outro dos benefícios, é o facto de a Plataforma permitir um maior conhecimento dos alunos do Ensino Secundário em relação às profissões existentes e qual o percurso académico para essa mesma profissão; de forma agregada. Ou seja, partindo da profissão, são apresentadas opções formativas, e respetiva informação sobre cursos que poderão servir como percurso para o alcance da profissão; de uma forma até agora inexistente.
Penso que um dos principais benefícios da Plataforma é o facto de permitir aos estudantes o contacto com o mundo real do trabalho, através do testemunho de profissionais – em vídeo reportagem – que dão a conhecer o dia a dia da sua atividade e respetivo ambiente profissional. É muito importante que os jovens possam ter este conhecimento prévio antes de decidirem a sua área de estudo e respetivo curso.
Neste processo, é muito útil levar os jovens a explorarem o autoconhecimento, a saber quem são, a explorar as diferentes profissões, e respetivas alternativas educativas e formativas. Para a formulação de ideias e cenários possíveis para o futuro, é essencial estimular a curiosidade, a capacidade de ser explorador sobre si próprio e sobre o mundo à volta;
4.Quais são os resultados obtidos em termos de adesão e de divulgação da plataforma?
O feedback que temos tido por parte de várias entidades, nomeadamente dos Serviços de Psicologia e Orientação das Escolas Secundárias, é muito positivo.
Deixo-lhe um testemunho que resume o tipo de utilização e adesão que temos tido.
“Nas atividades no âmbito da intervenção vocacional com jovens de ensino secundário, utilizo a plataforma de exploração de profissões Design the Future. Assim que a “descobri”, percebi o seu potencial: é um ótimo recurso facilitador da perceção dos jovens relativamente aos contextos profissionais. Através de vídeos de curta duração, o jovem apercebe-se dos ambientes de trabalho, das interações que se estabelecem, dos instrumentos que se usam, e até de alguns atos profissionais, o que contribui para uma ideia mais objetiva da profissão imaginada. Design the future integra profissões com projeção no futuro. Após a motivação despertada pelo vídeo, é possível saber mais lendo informação complementar sobre o acesso à profissão, a qual se nota ter sido elaborada com rigor”. Ana Ribas, psicóloga responsável pelo Serviço de Psicologia e Orientação do Agrupamento de Escolas de Mem Martins.
5. Qual é, para si, o futuro desta plataforma que ajuda jovens a desenhar futuros?
Ainda este ano, a Plataforma Design The Future irá incorporar um Motor de Busca Vocacional, que está a ser desenvolvido pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, que irá permitir aos utilizadores explorar o seu perfil vocacional para que, através da escolha de determinadas variáveis psicológicas, tais como interesses, competências e motivações, e outras variáveis referentes à sua personalidade, possam encontrar a área e a profissão que melhor se adequa ao seu perfil.
Penso que a Plataforma Design the Future irá ter um papel cada vez mais relevante nas opções académicas dos estudantes a partir do 9º ano de escolaridade, universitários ou com outras opções de formação avançada, mas também junto dos professores, psicólogos e encarregados de educação.